The Rise and Fall of a Midwest Princess (2023)


Foi inevitável ver a Chappell Roan no Jimmy Fallon na última semana e não se interessar por seu trabalho. Com looks extravagantes e fugindo do padrão "bonito" Chappell chamou muito minha atenção por ter um estilo inovador e diferente ao mesmo tempo que claro me lembra a primeira vez que vi uma performance da Lady Gaga, não tem como não fazer essa comparação. Inspirado nos anos 2010 e artistas dessa época, filmes de terror e drag queens, a review do álbum começa aqui.

Mas ao que interessa, é que escutei o seu álbum lançado ano passado, "The Rise and Fall of a Midwest Princess" lançado em Setembro de 2023 e fiquei muito chocado com a quantidade de música boa e seu talento além da performance do novo hit que está crescendo, 'Good Luck, Babe!' qual ela performou no The Tonight Show with Jimmy Fallon, lançado em Abril desse ano!


O álbum é um pop entre o alternativo que em algumas músicas é muito próximo do que eu andei escutando recente como Maggie Roberts como 'Picture You'. Enquanto em 'Femininomenon' que abre o álbum é um pop com influencias dos anos 2010 com synth, e 'Red Wine Supernova' que é a segunda faixa que continua com batidas pop e uma letra que embala em uma melodia que começa baixa e calma e vai crescendo no refrão que se mantem no tom mas com uma nítida alteração no tom de voz e beat.

'After Midnight' é um pop gostosinho como os da Carly Rae Jepsen, e antes de qualquer coisa, falar sobre o que lembro de referencia para músicas do álbum é porque Chappell é influenciadas por todas essas referencias, então acho justo.

'Coffee' é uma baladinha muito linda e emocionante que entra em um clima com letras mais melancólicas e pessoais, como em 'Casual'.

Em 'Super Graphic Ultra Modern Girl' voltamos a dançar e aqui temos uma música com uma batida viciante e muito boa para boates e deveria estar hitando no Reino Unido há mais tempo.


'HOT TO GO!' é uma das faixas que vem crescendo mesmo depois de um ano do lançamento do disco, e cresce cada semana na Hot 100, um pop também influenciado nos anos 2010 e 80 com synth bem engenhados e um refrão muito hit com uma letra fácil de se memorizar, a música fala por si porque está hitando.

Mas a minha obsessão do momento e pra mim a maior faixa dela até o momento, é quando chegamos em 'My Kink Is Karma' que é simplesmente uma das melhores músicas que escutei nos últimos tempos.

Começando com os synth baixos e vai crescendo no pré-refrão e depois explode após uma quebra onde tem uma fala no meio da música, que eu amo quando fazem isso, e vai em um refrão do caralho. Uma música sobre coração partido e raiva e muito bem produzida, literalmente merecia um Grammy!


'Picture You' é a melhor balada do álbum, uma canção altamente emocionante e melancólica, com refrão também muito bom e potente, ela se mostra aqui vulnerável e triste. Já 'Kaleidoscope' que também segue como balada e temos uma sequencia de músicas tristes para chorar e se emocionar com as letras.


Seguindo para 'Pink Pony Club' que é uma música em homenagem à comunidade LGBT, já que Chappell é uma cantora lésbica, e aqui a música começa como balada e vai crescendo em um refrão que muda de ritmo e assumo uma identidade diferente, aqui ela fala sobre suas experiências que já teve na vida.

'Naked in Manhattan' é uma música pop alternativa com uma letra muito divertida e citando Lana Del Rey e Mean Girls, é uma das faixas mais legais do álbum e tem bastante potencial também, aqui temos um pré-refrão e podemos considerar que essa é a 'Cool For The Summer' dela.

'California' é a última baladinha do disco mas com uma batida um pouco mais agitada que faz balançar a perna e ao mesmo tempo chorar. Aquela clássica melodia feliz letra triste.

E finalizamos o álbum com 'Guilty Pleasure' que começa apenas com vocal e instrumentos de corda e backs vocais enquanto a voz de Chappell vai cada vez mais crescendo até chegar no refrão e parece que você entrou em uma discoteca dos anos 80 e deu de cara com a Jessie Ware.


A música é um ótimo encerramento de álbum que deixa com vontade de mais!

No geral é um álbum que fala sobre coração partido, experiências amoras e na vida não monogamica sendo um LGBT vivendo em clubes e forçando simpatia e sorrisos e ao chegar em casa chorar e se culpar.

Não escutava um álbum com potencial para tantos hits dentro do pop e que acho mais interessante é que dentro disso, há um alternativo, tanto nas músicas quanto no visual da Chappell, que casa demais com uma artista que estava faltando na industría.

Ela não tem um pop datado dos anos 2010 apesar de ser muito inspirada por ele, assim como seu visual que chamou a atenção do mundo, suas músicas e números no Spotify estão cada vez crescendo mais, assim como seu nome e imagem.

Ela já é querida entre grandes nomes da música como Lady Gaga e Elton John, e é uma artista que não veio para passar em branco ou ficar na mesmice. Ela tem potencial e não vejo alguém apresentando algo assim há um bom tempo.